Taiasmin Ohnmacht
I
eu escrevo e te tenho
mesmo quando não estás
quiseste sair
e eu fiquei me apegando
a palavras
que a barra de rolagem levou
II
o teu olhar é dissimulado
o meu, fugidio
bocas que se querem
e mentem
união
prazer
III
espero numa palavra
a saliva que não poderás me dar
que os teus dedos
se acomodem em meu corpo
ao digitarem a eterna pergunta:
“Como vai?”
IV
tentei te acomodar em mim
reduzi o passo
retardei a vida
para te esperar
tentei encontrar lugar
para o que seria o amanhã
contigo
mas o teu tempo
não é o meu
e nunca será
meu amigo
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